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AQUI JAZ HENRY

Dezembro 04, 2017 0 Comentarios BLOG DICAS TEATRAIS por Gambiarra

Renato Wiemer interpreta homem que mente compulsivamente sobre tudo em Aqui Jaz Henry, a partir da obra homônima do canadense Daniel MacIvor.

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A escrita polissêmica e cheia de possibilidades do autor canadense Daniel MacIvor (conhecido no Brasil por In On It) na peça Here Lies Henry ganha uma versão dirigida, traduzida, concebida e interpretada pelo brasileiro Renato Wiemer, e com direção artística de Kika Freire, no monólogo Aqui jaz Henry. A peça apresenta um homem que entra em uma sala cheia de gente e começa a explicar “convincentemente” uma série de fatos sobre a existência humana. Nem ele mesmo sabe se é verdade - e nem teria como saber - por que mente tanto a respeito do amor, da morte, da homosexualidade, do corpo e da própria mentira.

“Henry é filho de um pai alcoólatra e uma mãe patética e submissa. Ele diz que seu pai se chamava Henry, mas todo mundo o chamava de Tom, e, consequentemente, o protagonista também era chamado de Tom. Então, ele descobriu desde cedo que não só seu nome era uma mentira, mas que ele todo era uma mentira. Ficamos sem saber o que é verdade e o que não é”, comenta o Weimer.

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Ele se obriga a imaginar respostas para questões como: O que acontece quando morremos? Como lidamos com a morte? O amor é real ou pura invenção da nossa cabeça? É preferível a verdade ou a felicidade? Seria o tempo uma mentira universal? A mentira é necessária para a vida, como afirma o filósofo alemão Friedrich Nietzsche?

MacIvor tem uma maneira especial de escrita, uma dramaturgia não linear, meio ‘torta’, dissonante, mas que faz todo o sentido. Henry fala e se relaciona o tempo todo com a plateia. Quebrando a quarta parede o espetáculo transporta o espectador para dentro da sua narrativa. A plateia, por sua vez, tem o papel de questionar: isso tudo é teatro ou vida real? É especulação ou realidade?Nesse exercício, Aqui Jaz Henry revela um significado mais profundo para a tríade teatral - Quem Vê, O que vê e O que é imaginado -  à medida que coloca o público para pensar ativamente nesses elementos.

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A paixão de Renato Wiemer pelo estilo de MacIVor surgiu quando o ator assistiu a uma montagem da peça In On It. “Minha experiência ao testemunhar a escritura dramatúrgica e a riqueza impressa do texto me trouxe a certeza que não me interessava qual história contar, mas sim, como contá-la. Nada importa para além do que é dito. Mesmo que sejam mentiras. Além da obra de MacIvor, pesquisamos rituais de morte, religiões etc.”, acrescenta.

O texto do espetáculo foi concebido em um workshop ministrado pela Kamera Cia. de Teatro no Festival Antigonish, e sua primeira montagem aconteceu no Six Stage Festival, no Buddies In Bad Times Theatre, em Toronto.

Daniel MacIvor:

O canadense Daniel MacIvor é ator, roteirista e diretor de teatro e cinema, além de fundador da Cia. de Teatro da Kamera, em Toronto. Ele já recebeu um dos mais importantes prêmios de seu país nas Artes Cênicas, o Siminovitch Prize. Algumas das peças em que MacIvor trabalhou como ator e diretor são: See Bob Run (1989), 2-2 Tango (1991), Never Swim Alone (1991) e This is a Play (1992), todas dirigidas por Ken McDougall; Yes I Am and Who Are You? (1989), por Edward Roy; Wild Abandon (1990), por Vinetta Strombergs; Somewhere I Have Never Travelled (1990), por Andy McKim; Jump (1992) e Cul-de- Sac (2003), por Daniel Brooks; The Lorca Play (1992), co-dirigida por ele e Daniel Brooks; In On It (2000); e A Beautiful View (2006).

Renato Wiemer

Formado pela CAL - Casa das Artes de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, o ator, tradutor e locutor Renato Wiemer participou de workshops ministrados por ninguém menos do que Moacyr Góes, Marcio Vianna, Rubens Correa, Luis Carlos Vasconcelos, Ana Kfouri e Walter Lima Jr. Alguns de seus principais e mais recentes trabalhos no teatro são as peças Catraca (2015), dirigida por Marcia Abujamra; Day By Night (2014), por Emanuel Aragão; Chá com Limão (2013), de Alexandre Reineke; O Clã das Divorciadas (2011), por Reineke; Estranho Casal (2009-2012), por Celso Nunes; Toalete (2007-2008), por Cininha de Paula; Carícias (2006), por Marcia Abujamra; Tistu - O Menino do Dedo Verde (2005-2006), por Kiko Mascarenhas; Em Prol (2005), por Debora Dubois; e Tangos, Boleros e Tcha Tcha Tcha (2003), por Bibi Ferreira.

Kika Freire

Ganhadora do Prêmio Qualidade Brasil 2015 de melhor direção pelo espetáculo Pulsões, Kika Freire formou-se em Artes Cênicas em São Paulo com o grupo de teatro Domus levando o espetáculo Feminina Lunar ao Festival Internacional de Teatro de Havana, Cuba (1987). Na dança tem formação clássica e atuou profissionalmente ainda no ballet moderno e dança flamenca.

Como atriz participou de espetáculos como A Vida de Galileu Galilei, direção de Marcus Vinícius de Arruda Camargo, Pic-Nic no Front, direção Gilberto Gawronski e Banheiro Feminino de Regiana Antonini. No cinema, atuou em filmes como Feliz Natal, de Selton Mello, e A Vida de Chico Xavier com direção de Daniel Filho. Fez preparação/direção de elenco em filmes como: Rio, Eu Te Amo, Maresia, Júlio Sumiu, Bach in Brazil, É Fada! e Eu fico Loko. Dirigiu Pulsões, projeto que idealizou sobre a obra da Dra Nise da Silveira, Aqui jaz Henry de Daniel Maclvor, As Robertas - Loucas Pelo Rei, Amor em Possível, Duvidosa e o coral Coro de Cor.

Ficha técnica:

Título Original: Here Lies Henry. Autor: Daniel MacIvor. Dramaturgia: Daniel Brooks. Tradução: Renato Wiemer. Direção de Artística: Kika Freire. Idealização, concepção e atuação: Renato Wiemer. Iluminação: Paulo Cesar Medeiros. Figurino: Claudio Tovar. Cenário: Teca Fichinski. Trilha Sonora: Renato Wiemer. Visagismo: Leopoldo Pacheco. Projeto Gráfico: Karin Palhano. Operação de luz e som: Gabriel Tavares. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção: Wiemer Produções e Vuela Produção e Criação. Realização: Wiemer Produções.